Estava em uma ruela sombria, perdia completamente de vista seu alvo, mas sabia que ele estava ali, o homem de roupa preta parecia farejar sua presa. Rapidamente ele percebe que o padre havia virado em um cruzamento. Aquelas ruas eram estreitas e escuras de mais para alguem que não conhecia aquele lugar encontrar algo ali. Como se houvesse sido planejado o homem de casaco é cercado por um grupo de pessoas, que pareciam o estar esperando naquele lugar. Totalizavam-se quatro homens, bem armados com bastões e facas.
Sentia em seu sangue que fora levado ali de proposito, a injustiça o incomodava, sem dar nenhum aviso ou ameaça um dos homens avança com um porrete, ele impulsiona todo o seu corpo para um golpe devastador, que acerta apenas o ar. O homem de preto havia desviado com toda a facilidade do mundo aquele golpe desavisado. Um soco sai de sua mão fazendo as mandibulas do agressor armado deslocarem, o resto do grupo já estava atacando, por puro reflexo o homem desvia dos próximos cinco golpes, a luta era de fato injusta, assim o homem de preto conclui, aqueles homens que o haviam emboscados nunca tiveram chance. Estavam todos desacordados.
O perseguidor apesar de seu contra-tempo seguia em busca do padre, sentia em suas veias que estava próximo, andava pela rua, repentinamente ele abre uma lata de lixo grande e tira dali o que parecia ser o seu alvo. O padre tremia de medo e pavor, aquela figura grande pálida e brutal o encarava com toda frieza do mundo - Eu o encontrei - se vangloriava o homem de preto.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Fuga - parte II
Estava em um corredor sombrio e metálico. Seus pensamentos eram interrompidos por uma sirene que causava uma dor lancinante em sua cabeça. Pedia com todas as suas forças para andar mais rápido, queria arriscar uma corrida, mas sabia que isso era demais para si. Caminhava desesperadamente em busca de algo que pudesse o levar para um lugar seguro. Passava por algumas encruzilhadas, estava agora em um corredor cheio de portas, portas metálicas e aparentemente sem maçaneta. Ele chega perto de uma e ela abre educadamente, talvez essa fosse a melhor alternativa, mas de qualquer modo era uma atitude precipitada.
Era uma sala simples e pequena, basicamente haviam apenas uma mesa e duas cadeiras, uma em cada ponta da mesa, sem nenhum enfeite, havia também um porta na qual dava para um banheiro, também simples. O fugitivo aproveita a oportunidade para beber água, algo que fora privado a bastante tempo, bebia sem parar e com uma calma assustadora, poucos mantinham essa calma enquanto fugiam de uma prisão. Ao terminar pensou no que poderia fazer, tinha que sair dali, mas mal se aguentava sobre seus pés.
Saiu da sala ainda se arrastando, estava cansado, queria apenas que tudo aquilo se acabasse e estivesse em algum lugar, calma e longe de todos, mas as sirenes ainda tocam. Tocam sem parar e de uma forma estridente, ouvia-se passos por todos os lados, era quase insuportavel fugir ou desviar de todos os guardas, mas mesmo assim o fugitivo conseguia ir para os lugares mais vazios. Andava por entre corredores até que finalmente chegara em um galpão imenso, dezenas de guardas estavam naquele local. Via-se desde aviões bimotores até jatos, barcos de pesca até um grande cargueiro aportado em um porto, que parecia dali, distante. Estava em uma espécie de parapeito, onde podia ver tudo aquilo a uns sete metros abaixo, o que dava uma boa visão dos guardas, sem ser visto, já que era protegido pelo manto da noite em um lugar remoto.
Ouvia passos ainda mais ocos em seu encalço, tinha que se mover rapido, mas ainda não conseguia correr, fazia uma força sobrenatural para se mover daquele jeito. Nesse momento um avião pousava um pouco longe dali, seu coração palpitava, tinha encontrado uma forma de fuga, talvez conseguisse sair dali sem ser visto.
"Parado!"
Seu plano de fuga havia mudado, havia sido visto, guardas apontavam armas para ele, por onde havia saído.
Era uma sala simples e pequena, basicamente haviam apenas uma mesa e duas cadeiras, uma em cada ponta da mesa, sem nenhum enfeite, havia também um porta na qual dava para um banheiro, também simples. O fugitivo aproveita a oportunidade para beber água, algo que fora privado a bastante tempo, bebia sem parar e com uma calma assustadora, poucos mantinham essa calma enquanto fugiam de uma prisão. Ao terminar pensou no que poderia fazer, tinha que sair dali, mas mal se aguentava sobre seus pés.
Saiu da sala ainda se arrastando, estava cansado, queria apenas que tudo aquilo se acabasse e estivesse em algum lugar, calma e longe de todos, mas as sirenes ainda tocam. Tocam sem parar e de uma forma estridente, ouvia-se passos por todos os lados, era quase insuportavel fugir ou desviar de todos os guardas, mas mesmo assim o fugitivo conseguia ir para os lugares mais vazios. Andava por entre corredores até que finalmente chegara em um galpão imenso, dezenas de guardas estavam naquele local. Via-se desde aviões bimotores até jatos, barcos de pesca até um grande cargueiro aportado em um porto, que parecia dali, distante. Estava em uma espécie de parapeito, onde podia ver tudo aquilo a uns sete metros abaixo, o que dava uma boa visão dos guardas, sem ser visto, já que era protegido pelo manto da noite em um lugar remoto.
Ouvia passos ainda mais ocos em seu encalço, tinha que se mover rapido, mas ainda não conseguia correr, fazia uma força sobrenatural para se mover daquele jeito. Nesse momento um avião pousava um pouco longe dali, seu coração palpitava, tinha encontrado uma forma de fuga, talvez conseguisse sair dali sem ser visto.
"Parado!"
Seu plano de fuga havia mudado, havia sido visto, guardas apontavam armas para ele, por onde havia saído.
terça-feira, 12 de maio de 2009
Noite
Via-se apenas o reflexo do luar em seus óculos, estava vestido de preto, com calças compridas e um casaco de manga, estava com as mãos no bolso do seu casaco e um capuz cobria seus cabelos naquela noite fria. Havia acabado de sair de uma estação de metrô, olha para a lua e a admira, calmamente retira do bolso um pequeno papel dobrado. Ele o desdobra com seus dedos brancos e compridos. Examina o que está escrito e em um breve momento ele coloca de volta no bolso. Andava a passos largos olhando para cada esquina.
Após alguns minutos de caminhada ele para, um homem gordo e careca o encarava do outro lado da rua, ele vestia uma batina e usava uma cruz de prata grande em seu pescoço. O olhar dos dois homens se cruzam rapidamente, percebia-se um olhar frio vindo através dos óculos do homem de casaco, ele coloca as mãos novamente no bolso e atravessa a rua calmamente. Parecia um animal que havia encontrado sua presa e agora brincava friamente com ela.
O padre começa a andar rapidamente em seus passos curtos e acelerados por outro lado da rua. Andava desesperadamente até virar no que parecia um beco sombrio e escuro, seus olhos mostravam claramente o medo, o caçador continuava atrás da sua presa, até dobrar a esquina, não havia ninguém, talvez houvesse sido passivo de mais, mas ainda estava calmo e apesar de não ser possível enxergar alguem naquele beco escuro ele continuava como se não houvesse perdido o padre de vista.
Após alguns minutos de caminhada ele para, um homem gordo e careca o encarava do outro lado da rua, ele vestia uma batina e usava uma cruz de prata grande em seu pescoço. O olhar dos dois homens se cruzam rapidamente, percebia-se um olhar frio vindo através dos óculos do homem de casaco, ele coloca as mãos novamente no bolso e atravessa a rua calmamente. Parecia um animal que havia encontrado sua presa e agora brincava friamente com ela.
O padre começa a andar rapidamente em seus passos curtos e acelerados por outro lado da rua. Andava desesperadamente até virar no que parecia um beco sombrio e escuro, seus olhos mostravam claramente o medo, o caçador continuava atrás da sua presa, até dobrar a esquina, não havia ninguém, talvez houvesse sido passivo de mais, mas ainda estava calmo e apesar de não ser possível enxergar alguem naquele beco escuro ele continuava como se não houvesse perdido o padre de vista.
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