sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cinco anos atrás - parte II

Ir andando para escola era entediante para Jake, sempre esperou por mais, sua mente havia criado várias dimensões paralelas e a cada momento do dia ele esperava que algo se tornasse realidade, seria algo como estar em plena sala de aula e pensar que seres gigantes segurando armas como clavas gigantes aparecem e começassem a destruir a escola e pessoas com habilidades impressionantes aparecessem e dissessem que ele tinha poderes. Simplesmente era assim que a mente dele trabalhava, muitas vezes se sentia um idiota por pensar assim.
Seu coração estava pesado e queria no fundo que tudo isso mudasse, que sua vida não seguisse o fluxo comum das coisas, não queria um final como o de todos, apenas queria que sua vida tivesse emoção, que sua vida não fosse movida pelo dinheiro. Tinha apenas quinze anos quando algo semelhante aconteceu com ele, mas infelizmente ele se arrependeu de todos os seus desejos.
Voltava caminhando da escola, todos os dias o mesmo caminho, já não prestava muita atenção nele, sua casa ficava a mais ou menos trinta minutos da escola, chegou em casa, estava silenciosa, algo bastante incomum, ao vagar pela casa encontra seus pais, deitados no chão. Jake os vira, estava assustado seu corpo tremia e ao virar o corpo de sua mãe que jazia ali, via um ferimento redondo em sua testa, o sangue no chão estava seco, assim como na testa de sua mãe, suas lágrimas começam a cair desesperadamente, seu corpo começa a falhar, sentira-se culpado por tudo que já desejara uma vez na vida.
Jake sai correndo desesperadamente daquele lugar e encontra um homem sentado em sua cozinha. Estava bem vestido e usava um par de óculos escuros redondos, nunca havia visto um homem como aquele, era pálido, seus olhos eram negros e fundos, sentia-se preso por aquele homem, não conseguia pensar ou andar, não sabia o que fazer, mas estava claro que fora aquele homem quem matara seus pais. O jovem Jake não sabia o que fazer, queria poder ser forte, queria estrangular aquele homem, mas não conseguia fazer nada naquele momento. Sua mente o havia congelado, ou a presença daquele homem de terno e gravata o haviam feito.
O homem entrelaça os dedos da sua mão em seus longos cabelos negros, estava sentado olhando para o garoto esperando alguma reação, mas ele não tinha, o homem retira do bolso uma arma, parecida com uma pistola convencional, apenas mais larga e mais assustadora.
Uma arma estava sendo apontada para a sua testa, seus olhos estavam molhados, molhados o suficiente para enevoar sua visão, seu corpo estava cansado e sabia claramente que não iria fugir nem fazer nada.
Um tiro é disparado, uma espécie de projétil que o acerta e emite uma descarga elétrica por uns instantes Jake não sabia mais o que estava acontecendo.

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