Estava caminhando fazia algumas horas, esse tempo passou consideravelmente mais rápido do que as horas anteriores, agora que possuía um companheiro de caminhada tudo aparentava mais simples, Stephen andava carregando a caveira na mão, seu nome era Chris, um nome bastante comum, sua história também era interessante, algo como um ator de cinema que sofreu um acidente de avião e se perdido no deserto, agora ambos andam em direção do avião perdido, claro que era apenas um crânio de um provável quadrupede, claro que qualquer chance de termos um ator, animal, e ele se ter um avião é absolutamente remota, o que qualquer pessoa sã pode determinar com clareza.
Stephen não era uma pessoa sã, contava alegremente para a caveira tudo que havia passado, todos os eventos misteriosos que lhe ocorreram, também contou seus gostos e de como estava animado por ter encontrado alguém para conversar, já que não se lembra de ter conversado com ninguém.
Estava indo na direção sugerida, até que avistou um reflexo, aparentava ser algo metálico, correu desesperadamente, até encontrar de fato um avião, claro possibilidades remotas, acontecem remotamente, porém acontecem, fatos isolados que nunca poderiam acontecer na realidade, de fato esses fatos acontecem mais na realidade do que na ficção, de qualquer jeito, lá estava, um avião semi-enterrado, onde poderia sentir uma pontada de esperança, se não havia alguma chance de escapar dali com ele, o que ainda seguindo nosso rumo de estudo de probabilidade e estatísticas, seria uma chance muito pequena.
De qualquer forma Stephen vasculha o avião, conseguiu entrar graças a um buraco no casco, segue em busca de comida, água, refrigerante e sucos. Salgados e grãos, era tudo o que encontrou, mas nunca tivera uma refeição tão, desde que se lembre da realidade, Stephen estava feliz e grato por seu novo amigo que se recusou educamente qualquer oferta de alimento, claro que sabemos que ele não precisa da comida.
Encontrou além da comida, algo muito importante, um abrigo do sol, mas sabia que não poderia ficar ali por muito tempo, poderia não conseguir sair mais dali. Infelizmente a tentação de sombra e cadeiras estofadas, ligeiramente degradadas, era uma idéia tentadora, tentadora o suficiente para Stephen cair no sono.
Sonhos atacam sua mente, um carro, sua mente agora via um carro destruído, era apenas um garoto e conseguia ver um carro parcialmente destruído, via que tinha ocorrido um acidente, ninguém seria capaz de sobreviver a um acidente, era um garoto, possuía aproximadamente 10 anos, possivelmente menos, dificilmente 10, lágrimas escorriam por seu rosto, estava preso naquilo, cenas constantes de dor cruzaram sua mente, ouvia gritos, luzes, sangue.
Stephen acorda com suor em seu rosto, não sabia que horas eram, estava escuro, tateia até se lembrar em que posição estava, precisa chegar a saída rapidamente, ele alcança a porta de saída, por onde havia entrado, mas seus temores estavam certos, ele estava preso, a porta não abria, estava emperrada, não conseguia ter forças para sair, algo lhe dizia que isso iria acontecer, agora que tipo de força agira no momento para o deixar trancado não era importante, o importante é que estava preso, dentro de um avião enterrado em um deserto, Stephen e Chris estavam presos e tinham apenas um ao outro para contar no momento.