sábado, 25 de abril de 2009

Fuga - parte I

Uma gota de suor escorria em seu rosto, ainda estava amarrado pelos punhos. Não sabia a quanto tempo, na verdade não sabia nem quem era, ou nem se quer por que estava ali. Sentia dores por todo seu corpo, ele lembrava bem disso, lembrava de onde viam as dores, essa lembrança intensificava sua dor. Esses pensamentos foram subitamente alterados por uma dor de cabeça, sabia que tinha sido drogado, realmente deve ter sido uma droga forte. Gotas de suor corriam pelo seu corpo, reparava agora que estava apenas com uma calça surrada, seus pés sentiam o chão gelado.
Um guarda aparece na porta da cela, a porta parecia ser antiga demais, o seu ranger apenas intensificava a dor do prisioneiro, o guarda se aproxima e levanta calmamente a cabeça do prisioneiro pelo queixo, sua barba estava grande e grossa, indicava o tempo que estava naquela cela e sem nenhuma palavra, o guarda desfere um soco em seu rosto. Gotas de sangue tingem a parede do pequeno comodo. O prisioneiro sentia seu sangue fervilhar e como algo automático ele impulsiona com seus pés para cima e rapidamente estava com eles nos ombros do guarda, com uma girada rápida entre pés o pescoço do guarda tinha sido quebrado. O prisioneiro não parecia entender ao certo como havia feito aquilo, talvez nem se quer um alguem que houvesse visto aquela cena a entenderia, o importante que agora ele via uma penca de chaves no bolso do guarda. Ainda com os pés ele pega as chaves e a arremessa para cima a pegando com a boca, usando o cotovelo ele começa a separar a chave, ao ter uma chave do cacho entre os dentes ele tenta soltar suas algemas, assim prosseguiu até a quinta tentativa, quando finalmente encontrou a chave certa.
Seu coração agora disparava freneticamente, estava solto em sua cela, tinha que sair imediatamente, suas pernas não obedeciam ao seu chamado, talvez elas estivessem começando a se tornar inúteis, ao contrário de seus braços que estavam com uma força razoável apesar das condições em que se encontrava. Rapidamente ele começou a engatinhar em direção a porta, suas pernas pediram exercício por bastante tempo, agora, pedem apenas clemencia. Ignorando a dor rapidamente se punha de pé e começa a vagar pelos corredores.
Sentia seus pés o guiarem por todo um caminho um pouco familiar. Sentia uma sensação de que estava indo para o caminho certo, começou a encontrar alguns guardas no caminho, tentava passar por eles discretamente, sabia que não teria chance contra um guarda armado, andava por vários corredores obscuros e passava por câmeras bem localizadas, estava ciente de que os guardas em breve notariam que havia fugido. Havia caminhado por algo que parecia ser 20 minutos, até que ouviu algo que o deixou paralisado. As sirenes de emergência começaram a gritar desesperadamente, podia ouvir de algum alto-falante que um prisioneiro havia fugido.

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