sábado, 4 de abril de 2009

Morte

A morte seria vista com mais simplicidade se soubéssemos o que vem após, enquanto não sabemos entramos em mergulho profundo ao medo quando a sentimos se aproximar. O jovem corria entre tiros, carregava seu fuzil, balas passavam zunindo por cima de sua cabeça. Sentiu seu coração parar quando uma bala faz pular um pequeno monte de areia ao seu lado. Inevitavelmente sabia que suas pernas o levavam para o seu próprio fim. Agora via conhecidos, poderia dizer até companheiros, todos caiam, haviam um grande campo de mortos em seu caminho, ao continuar a correr avista mais um soldado caindo no chão. Seus olhos viam o alvo e pela primeira vez apertou o gatilho de sua arma, muitos tiros saíram da arma, três tiros acertaram o alvo.
Seu primeiro alvo abatido, sua primeira vida tirada, mas sabia no fundo da sua alma que seria o ultimo, era o único soldado vivo, havia muitos outros inimigos. Ao ver sua presa desfalecer no chão percebe que agora era a vitima, uma arma atira em sua direção, apagando tudo que via no momento, a única coisa que restava era as trevas, e algo que nunca saberemos, trevas e dúvida, era apenas isso que sobrava da cena. Era apenas isso que sobrava, ou era apenas isso que sabíamos.

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