sexta-feira, 5 de junho de 2009

Fuga - parte III

As pernas não agiam como gostaria, estavam a muito tempo inutilizadas, armas apontavam em sua direção, não conseguia dizer pra suar pernas o que elas precisavam fazer, algo o impedia de salvar a própria pele ou talvez apenas a fuga. Os homens possuíam armas estranhas, pareciam como metralhadores feitas de plástico, além de usarem uniformes muito chamativos, um deles deu ordens em uma língua desconhecida para o fugitivo.
Sua adrenalina estava ao máximo, seus olhos iam para lugares inóspitos em direção aos guardas, uma rajada de adrenalina cobre seu corpo e agora tudo parecia mais devagar, seus movimentos, os guardas, conseguia ver calmamente os dardos de tranquilizantes indo em sua direção calmamente, no momento queria apenas correr, seu coração palpitava e uma enorme força de vontade dava forças as suas pernas, vamos ele pensava, em uma fração de segundo, suas pernas respondiam, ele virava em direção ao parapeito de aço onde se encontrava e seguia em direção a uma descida, que o levava até o hangar, sabia que iria sair de uma situação ruim e iria acabar em uma possivelmente pior. Mas esse raio de esperança fazia com que suas pernas dobrassem em uma velocidade assustadora para a situação que elas se encontravam.
Tudo voltava ao normal, exceto pelo palpitar acelerado e um punhado de guardas ao seu encalço, uma nova sirene havia começado a tocar, todos os aviões começaram a decolar ou serem recolhidos, os olhos do fugitivo espressava tristeza. Faltava tão pouco, era o que pensara nesse momento, estava na parte de baixo, a pista de pouso, via guardas por todos os lados, mais guardas em seu encalço. Conseguia ver um pouco longe um avião que ainda decolava, começou a correr novamente, via projeteis passando zunindo por sua cabeça, ele tentava se proteger com caixas de acrilico reforçado, elas estavam a sua esquerda, enquanto o mar estava a sua direita, as caixas guardavam algo que ele não conseguia ver, havia muitas caixas assim, a caixa era basicamente bem maior que uma pessoa, talvez tivesse três metros de altura, ou um pouco menos e algo como quatro metros de largura, talvez um pouco mais. Estava chegando cada vez mais perto do avião e quando finalmente chega a pista de pouso, era tarde de mais.
O avião havia decolado, o último deles, ele agora estava cercado, dezenas de solados a sua frente apontavam armas.
Tudo que o fugitivo queria era sair dali, não queria voltar novamente para a prisão, não queria. Estava de pé e não pensou em nada, a única coisa que ele queria no momento, era sair, sua vontade respondia a seu desejo.
Um hélicoptero circulava por cima do hangar iluminando a situação. De repente, não havia mais o fugitivo, ele havia fugido, havia desaparecido como um grande show de um mágico, só que nesse caso, parecia que o mágico não iria retornar ao palco. Os soldados pareciam tão assustados quanto desolados, o jovem barbudo e magro, havia fugido.

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